Henriqueta Lisboa
Henriqueta Lisboa homenageia a cidade a falar do sol, da lua, da galáxia de Brasília. É que, embora radicada em Minas, teve a oportunidade de vê-la “à hora do nascer do sol”, transmudada de chofre em “bloco de topázio em prismas/alçado pelo azul do céu”, e à noite, “aquário escuro” sob uma lua de muitas originalidades: “Nenhuma lua vi maior/nem mais límpida em longitude/nem mais redonda em corola”. Também a Via Láctea? Sim, porque “Foi numa noite de mistério”. “Os astros formavam códigos/senhas algarismos e siglas”. Henriqueta Lisboa testifica porque viu “…a galáxia de Brasília/pairando sobre a flor de pedra”.
Texto transcrito de “Esses poetas, esses poemas”, da antologia “Poemas para Brasília”, de Joanyr de Oliveira